quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Rio & Mar para destressar (parte 1)

Fim-de-semana de 4 dias só para alguns...

Aproveitei o facto de o feriado calhar a uma terça-feira e tirei um dia de férias. Nada melhor que aproveitar para fazer umas pescas.

Sábado a seguir ao almoço peguei no barco e fui até a umas albufeiras perto de casa (Montemor-o-novo) tentar fazer uns peixes. Ao chegar ao local deparo-me com a água muito acastanhada fruto das chuvas torrenciais que caíram na última semana.

 
Com  a água desta cor pensei que só poderia ter algum sucesso com amostras "barulhentas"/superfície. Daí que optei por começar com uma popper de cores brilhantes. Apenas tive 2 ou 3 toques de peixe pequeno.
Penso que o facto de o peixe estar pouco activo se deva ao facto de o tempo ter estado instável nos últimos dias/semana.
Ainda tentei com vinis no meio das ervas, com lançamentos cirúrgicos e quedas lentas,  para tentar enganar algum mas nem um toque, apenas se viam as carpas a comer á superfície a formiga-de-asa que já vai aparecendo em monte por esta altura.


Mudei para uma outra albufeira perto mas o resultados foram semelhantes, excepto o facto de ter perdido um peixe já jeitoso que com um safanão soltou a popper da boca, ainda o vi à superfície e penso que deveria ter perto de 1 kg. Deu no entanto para confirmar que o peixe estava bastante letárgico, visto que só consegui provocar o ataque animando a popper com paragens algo prolongadas e passando muito perto das estruturas.


Com o sol já a desaparecer peguei na tralha e siga para casa que hoje dava o Benfica. Na segunda haveria de ir outra vez mas desta vez para a costa alentejana. (parte 2)...

Abraço.

João Paiva


(MAFALDA)


Não sou pescadora mas vou à pesca mais vezes que muitos.

 Desde 2009 habituei-me a acompanhar o João nas idas à pesca, quer fosse para o Rio ou para o Mar. Este hábito, que confesso ter começado por ser um pouco forçado, hoje em dia dá-me imenso prazer e serve-me de descanso e de fuga da confusão citadina. 
Quando me disse que ia começar o blog, sugeri também contribuir ao descrever as pescarias através do olhar de quem não pratica. Por saber que a maioria dos seguidores são pescadores tentarei não fugir ao tema. Resta acrescentar que, como bom pescador que é, o João nunca leva peixe de água doce para casa e no mar apenas leva os que considera “bons”, ainda que já tenham um tamanho bem acima da medida, deixando os curiosos que por lá passem boquiabertos (a excepção é, claro, os pobres que embucharem).  

Este fim-de-semana fomos para Montemor-o-Novo e aproveitámos para ir fazer uns lançamentos numas albufeiras. Pegámos no barco, enfiámo-lo em cima do jipe preso por uns cabos, e com as canas já preparadas lá fomos nós. A primeira, a que designamos “Pic-nic”, é uma linda albufeira. O seu tamanho, a vegetação que a envolve e os animais que por lá passeiam e param para beber água à beira, fazem com que esta se torne o quadro perfeito para a lente da máquina fotográfica. Não é difícil chegar ao fim de um dia de pesca e, quando ligamos a máquina ao PC, depararmo-nos com 200 fotografias. Difícil é fazer uma selecção que demonstre a tranquilidade e o prazer inerente ao passeio.


   
 Bom, mas voltando ao “Pic-nic”, o João lá fazia os seus lançamentos com a minha amostra favorita, ou seja, a de superfície “popper” – “a que faz barulho”, digo eu quando peço para a usar nas vezes que tento pescar – enquanto eu lia o “Equador” de Miguel Sousa Tavares. A escolha da amostra, segundo o que tento aprender neste curto percurso, deve-se ao facto da água estar bastante escura naquele dia. Quando estava na hora de voltar para a casa e para o quentinho da lareira, saímos do barco e voltámos a fazer o mesmo processo de o pôr em cima do jipe. Eis que surge «vamos só ali um bocadinho aos “Ingleses”». Pois bem, quem tem namorados/maridos pescadores bem sabe que o “vamos só” equivale a mais uma pescaria e que o “voltamos cedo” nem sempre equivale ao cedo dos “não pescadores”. Mas lá cedi e fomos até à segunda albufeira, que como disse damos o nome de “Ingleses”.
Como o dia já estava longo, não valia a pena levar grandes coisas para o barco e, por isso, o “Equador” teve mesmo de ficar no carro. Os “Ingleses” é uma albufeira que o João descobriu há já alguns aninhos e onde é sagrado fazer uma paragem nos fins-de-semana em que a pesca faz parte dos planos. Não tão grande quanto o “Pic-Nic” é igualmente bonita. Com uma pequena ilha no centro, que aparece nas alturas em que o nível da água está mais baixo, é muito engraçado andar por lá de barco. Apesar da água estar igualmente escura, João desta vez apanhou um peixinho e perdeu mais um ou outro. 

  
Com a mudança da hora, o sol pôs-se mais cedo o que fez com que a pesca chegasse ao fim e que, agora sim, a paragem seguinte fosse a quente casa com a lareira acesa. 



Mafalda Antunes

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